terça-feira, 9 de agosto de 2011

Smartphone não é prioridade para a AMD, afirma vice-presidente




Empresa pretende investir em chips para tablets e aumentar sua participação em servidores. Celulares, por enquanto, não.



 Advanced Micro Devices (AMD) não planeja entrar no mercado de smarphones, já que tal setor não está alinhado com os rumos da companhia, tanto em termos de processadores quanto em placas gráficas, afirmou Rick Bergmon, vice-presidente da empresa, ontem, segunda-feira (8/8).

Smartphones têm restrições quanto à bateria, pixels e tamanho de tela, e a AMD tem outras áreas que pretende priorizar, disse o executivo, durante o Fórum de Liderança em Segurança Tecnológica, realizado em Vail, Colorado, nos Estados Unidos. Ele destacou, por outro lado, que os tablets são dispositivos que atraem a atenção da companhia, já que os usuários buscam imagens melhores e maior autonomia.

“Não temos planos para investir em celulares. Enxergamos, no entanto, muitas oportunidades no mercado de servidores, notebooks e, agora, no de tablets, no qual temos focado. Naturalmente, se as circunstâncias mudarem, nós também mudaremos nossa posição.”
A AMD tem enfrentado críticas por não ter investido o suficiente no emergente mercado de smartphones e tablets. Em junho, a companhia lançou seu primeiro chip dedicado ao segundo, chamado de Z-series. Baseado na arquitetura x86, ele promete uma performance similar à encontrada nos PCs.


A Intel também resolveu mudar sua postura quanto a esse setor, buscando, assim, reduzir o espaço daARM. Recentemente, ela liberou versões do Atomcriadas especialmente os tablets, e espera nas próximas versões reduzir seu consumo de energia, de modo que possa competir de igual para igual com sua rival. Ela também tenta entrar no mercado de smartphone – embora ainda não haja nenhum aparelho que utilize seus chips - mas analistas consideram que a empresa está distante de promover um impacto significativo na área.

No começo deste ano, boatos surgiram a respeito de um possível licenciamento, por parte da AMD, da tecnologia da ARM. Bergman, no entanto, negou a informação, e disse estar confiante na arquitetura x86.

“Estamos entusiasmados com o que podemos fazer para melhorar a experiência com os tablets”.

Servidores


A AMD pretende também, neste trimestre, lançar chips para desktops e servidores baseados na arquitetura Bulldozer, que demorou cinco anos para ser concluída. O Opteron, dedicado às empresas, contará com 16 núcleos, será 40% mais rápido que os que possuem 12, e consumirá a mesma energia. O produto comercializado para usuários domésticos, por sua vez, terá oito núcleos e será ideal para máquinas que exigem alto desempenho, para rodar jogos, por exemplo.


Segundo Bergman, o Opteron fará com que a AMD recupere o espaço perdido para a Intel no mercado de servidores, mesmo porque chegará antes da nova linha Xeon, que a concorrente espera lançar ainda este ano. Ele destaca que o chip foi construído para dar conta de tarefas sofisticadas, de cálculos complexos à sincronia com computação em nuvem.


“Nós olhamos para o último semestre, e vemos o quão decepcionantes foram os nossos resultados na área de servidores, onde perdemos participação”, admitiu o executivo.
A AMD, embora tenha crescido no mercado de processadores, de fato, perdeu no de servidores. De acordo com dados da empresa de pesquisas IDC, no segundo trimestre ela conquistou 20,4% do setor, ante 19% do mesmo período do ano passado, enquanto que a Intel, sua principal concorrente, caiu de 80,7% para 79,3%. Nas empresas, porém, a companhia saiu de 6,5% para 5,5%, enquanto que sua rival se manteve soberana com 94,5%.




fonte: IDG Now (Agam Shah)

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