quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Serviços são o desafio para o mercado de distribuição em 2012


Com a computação na nuvem começando a mudar o modelo de compra e venda de hardware e software, distribuidoras e revendas, que devem encerrar 2011 com um faturamento de R$ 12,7 bilhões, precisam redesenhar suas estratégias, admite o presidente da Abradisti, Mariano Godinho.

Em entrevista ao Convergência Digital, o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação sustenta que a saída deles pode macular a imagem do Brasil no exterior. 

"Fica parecendo que somos um buraco negro. E isso não é verdade. Quem errou foi a Tech Data. Ela não soube gerir seus processos e enfrentar a realidade do mercado nacional. HP, Microsoft, Oracle e tantas outras estão aqui há anos, numa prova que é preciso se adaptar", afirma. 

Ao mesmo tempo, porém, Godinho acredita que a saída de uma megadistribuidora, abre espaço para companhias brasileiras. "É um momento de readequação do mercado. É hora de reavaliar posições", diz.

A Abradisti, junto com o IT Data, realizou um panorama do setor de distribuição no mercado de TI brasileiro. O levantamento constata que o segmento gera 9,9 mil empregos no país e deverá ter um crescimento de 7,6% em relação a 2010. O estudo mostra que o segmento emite, em média, 340 mil notas fiscais por mês, recolhendo R$1.1 bilhão, mantida a previsão de faturamento de R$ 12,7 bilhões este ano.

A pesquisa mostra ainda a força dos negócios envolvendo hardware na distribuição. Do faturamento total, 84% são provenientes da comercialização de hardware, 10% vêm de softwares e apenas 1% de serviços. Na análise pelos itens que têm grande movimentação no mercado de distribuição, os componentes são os que mais geram negócios, com 18%, seguidos por PCs e Servidores, com 15%, e produtos de redes com 12%. Ainda é estimado que os distribuidores comercializem 4,9 milhões de produtos diversos por mês.

"Fato é que serviços são o nosso grande desafio para 2012. Precisamos nos adaptar aos novos modelos, principalmente, com relação ao licenciamento de software. Mas também começa a ter impacto na compra de hardware. O mercado terá de se redescobrir nos próximos anos", afirma Mariano Godinho.

O mercado de revendas

Tomando como base o mercado de revendas atendido pelos principais distribuidores de TI do país, o estudo aponta que o número de revendas no Brasil cresceu de 29,5 mil para 31 mil, sendo 23% desse total correspondente a revendas abertas em 2010 e 2011. 

A pesquisa ainda mostra que 66% das revendas brasileiras atuam no sistema tributário super simples, que unifica a arrecadação de tributos e contribuições, não podendo ser adotado por empresas que possuem o faturamento superior a R$ 2,4 milhões. Dessa forma, cerca de 60% das empresas do segmento faturam até R$ 500 mil ao ano. 

Juntas, as revendas devem faturar em torno de R$ 18,5 bilhões em 2011. O estudo ainda mostra que 83% das revendas possuem até dez profissionais, sendo 20% delas contando apenas com a figura do dono, a famosa “revenda-de-um-homem-só”. No entanto, somadas, as revendas são responsáveis por cerca de 158 mil empregos.




fonte: convergência digital

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