sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cloud: conceito é popular, mas ainda gera dúvidas


São Paulo sediou esta semana alguns eventos dedicados à computação em nuvem. Em dois deles - o lançamento da Go2neXt e o Cloud Computing Forum Mundial América Latina, com a participação de consultorias como a IDC e a Frost & Sullivan - constatou-se que o conceito é popular, mas ainda precisa ser melhor detalhado pelos atores do negócio. 


O lançamento da Go2neXt, que planeja ser uma integradora de serviços na nuvem, contou com a participação de Mauro Peres, presidente da IDC Brasil. O executivo apresentou desde o conceito até alguns dos mais recentes números levantados pela consultoria.Para a IDC, cloud computing precisa ter quatro premissas básicas: um ambiente elástico, compartilhado e padronizado; pagamento como serviço; rápida aquisição e provisionamento de recursos; e acesso via rede/internet com interfaces padronizadas.


Na mesma semana, durante o Cloud Computing Forum, Bruno Arrial, analista de Frost & Sullivan, apresentou o conceito segundo a consultoria: pagar por uso de serviço, acessar o serviço pela internet e facilmente escalável. Com relação ao nível de conhecimento sobre cloud, os analistas compartilham opinião.


“No Brasil o nível de conhecimento é muito baixo. Há muitas dúvidas em torno do tema”, afirma Arrial. Já Peres, da IDC, diz:“A maioria das empresas – 98% - afirma que cloud veio para ficar, mas o conceito ainda trás muitas dúvidas, principalmente em relação a itens como segurança e desempenho; e arquitetura e integração. Também há muita confusão em relação à precificação”. 


Sobre este último tema, o presidente da IDC lembrou que a tese de que a nuvem reduz custos não pode ser generalizada e apresentou dois casos. No primeiro, de uma distribuidora, os gastos anuais com as licenças de 2 mil caixas postais era de R$ 50 mil. Em nuvem, a mesma quantidade custaria R$ 300 mil. Em outro, de uma empresa de construção, os gastos anuais de R$ 35 mil com mil caixas postais foram deixados em favor de R$ 45 mil ao ano, na nuvem. “É preciso avaliar bem antes de migrar”, ressalta.


Com projetos estabelecidos - gestados pelas necessidades das corporações - a redução de custos surge como um dos principais motivos para a migração, principalmente entre as grandes empresas. “Nas médias, o que estimula é a possibilidade de acesso à tecnologia. Neste caso os orçamentos de TI até crescem, porque as empresas passam a poder pagar por soluções que antes não poderiam”, completa Arrial, da Frost. Certo é que os atores envolvidos com computação na nuvem - sejam os usuários, sejam os fornecedores do serviço - precisam ajustar seus processos para aperfeiçoar o uso da tecnologia no país.





fonte: convergência digital

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