São
Paulo sediou esta semana alguns eventos dedicados à computação em
nuvem. Em dois deles - o lançamento da Go2neXt e o Cloud Computing Forum
Mundial América Latina, com a participação de consultorias como a IDC e
a Frost & Sullivan - constatou-se que o conceito é popular, mas
ainda precisa ser melhor detalhado pelos atores do negócio.
O lançamento da Go2neXt, que planeja ser uma integradora de serviços
na nuvem, contou com a participação de Mauro Peres, presidente da IDC
Brasil. O executivo apresentou desde o conceito até alguns dos mais
recentes números levantados pela consultoria.Para a IDC, cloud computing
precisa ter quatro premissas básicas: um ambiente elástico,
compartilhado e padronizado; pagamento como serviço; rápida aquisição e
provisionamento de recursos; e acesso via rede/internet com interfaces
padronizadas.
Na mesma semana, durante o Cloud Computing Forum, Bruno Arrial,
analista de Frost & Sullivan, apresentou o conceito segundo a
consultoria: pagar por uso de serviço, acessar o serviço pela internet e
facilmente escalável. Com relação ao nível de conhecimento sobre cloud,
os analistas compartilham opinião.
“No Brasil o nível de conhecimento é muito baixo. Há muitas
dúvidas em torno do tema”, afirma Arrial. Já Peres, da IDC, diz:“A
maioria das empresas – 98% - afirma que cloud veio para ficar, mas o
conceito ainda trás muitas dúvidas, principalmente em relação a itens
como segurança e desempenho; e arquitetura e integração. Também há muita
confusão em relação à precificação”.
Sobre este último tema, o presidente da IDC lembrou que a tese de que
a nuvem reduz custos não pode ser generalizada e apresentou dois casos.
No primeiro, de uma distribuidora, os gastos anuais com as licenças de 2
mil caixas postais era de R$ 50 mil. Em nuvem, a mesma quantidade
custaria R$ 300 mil. Em outro, de uma empresa de construção, os gastos
anuais de R$ 35 mil com mil caixas postais foram deixados em favor de R$
45 mil ao ano, na nuvem. “É preciso avaliar bem antes de migrar”,
ressalta.
Com projetos estabelecidos - gestados pelas necessidades das
corporações - a redução de custos surge como um dos principais motivos
para a migração, principalmente entre as grandes empresas. “Nas médias, o
que estimula é a possibilidade de acesso à tecnologia. Neste caso os
orçamentos de TI até crescem, porque as empresas passam a poder pagar
por soluções que antes não poderiam”, completa Arrial, da Frost. Certo é
que os atores envolvidos com computação na nuvem - sejam os usuários,
sejam os fornecedores do serviço - precisam ajustar seus processos para
aperfeiçoar o uso da tecnologia no país.
fonte: convergência digital
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