quarta-feira, 27 de julho de 2011

Hackers alteram malware SpyEye para enganar bancos


Software malicioso agora imita como usuários normais navegam em sites de instituições financeiras; método antigo era mais fácil de detectar.

Os bancos estão enfrentando mais problemas com oSpyEye, um software malicioso que rouba dinheiros das contas online das pessoas, de acordo uma nova pesquisa da empresa de segurança Trusteer.
O SpyEye é um malware particularmente ruim: ele pode armazenar credenciais de contas online e também iniciar transações como se fosse uma pessoa logada em sua conta, o que literalmente torna possível ver seu saldo bancário zerar em um segundo.
Em versões mais recentes, o SpyEye foi modificado com um novo código desenvolvido para livrar-se de sistemas avançados que os bancos instalam para tentar bloquear transações fraudulentas, disse o CEO da Trusteer, Mickey Boodai.
Os bancos agora estão analisando como uma pessoa usa seu site, buscando por parâmetros como quantas páginas a pessoa olha no site, o tempo gasto na página e quanto a pessoa demora para realizar uma transação. Outros indicadores incluem endereço de IP, como no caso de uma pessoa que normalmente faz login em Miami e que, de repente, acessa o site a partir da Rússia.
Rapidez suspeita
O SpyEye trabalha rápido e pode automaticamente iniciar uma transação de modo muito mais rápido do que uma pessoa faria manualmente no site. Esse é um indicador-chave para os bancos bloquearem uma transação. Por isso, os criadores do SpyEye agora estão tentando imitar – ainda que de uma maneira automatizada – como uma pessoa real iria navegar em um site.

“Eles costumavam prestar menos atenção na maneira como executam transações no site do banco e agora eles estão realmente tentando mostrar padrões de um usuário normal”, disse Boodai.
O executivo ainda disse não saber o quão bem-sucedido é o novo código de fuga do SpyEye, apesar de a Trusteer coletar inteligência dos bancos que distribuíram sua ferramenta de segurança para browser, Rapport, para seus clientes.
A Trusteer também percebeu que, nos últimos meses, o SpyEye expandiu o número de instituições financeiras que pode mirar em um número crescente de países.
Os novos países-alvo incluem Rússia, Arábia Saudita, Venezuela, Belarus, Ucrânia, Estônia, Finlândia, Japão, Hong Kong e Peru. Isso significa que mais grupos criminosos ao redor do mundo estão comprando o toolkit do SpyEye, explica Boodai.
As instituições financeiras continuam a aumentar a segurança para proteger transações online, disse a analista da Gartner, Avivah Litan, que regularmente presta consultorias a banco sobre questões de segurança.
Até mesmo para ela, as instituições financeiras são reservadas sobre revelar a intensidades dos ataques que sofreram, mas “todos se referem ao Zeus ou ao SpyEye”, afirma Litan.
Sob fiança
A polícia alcançou sucesso limitado contra esses malwares. Em abril, um lituano de 26 anos e um letão de 45 anos foram indiciados por conspiração para causar modificações não autorizadas em computadores, conspiração para fraude e ocultas procedimentos criminosos por supostamente ter usado o SpyEye.

Um terceiro suspeito de 26 anos e cuja nacionalidade não foi revelada, foi solto sob fiança após interrogatório.
O SpyEye é na verdade uma botnet com uma rede de servidores command-and-control (C&C) hospedados ao redor do mundo. Até a terça-feira (26/7), 46 servidores desse tipo estavam online, de acordo com o SpyEye Tracker, um site dedicado a reunir estatísticas sobre o software malicioso. 
É um número alto. Em maio, por exemplo, havia apenas 20 servidores ativos respondendo a computadores que estavam infectados com SpyEye, disse o dono do site, Roman Hussy.
“O SpyEye está crescendo bastante”, disse.




fonte: IDG Now


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