Apesar das ideias brilhantes e revolucionárias, carreira do CEO da Apple também teve seus tropeços; conheça alguns deles
Steve Jobs, ex-CEO da Apple, que morreu aos 56 anos na quarta (5), sempre
foi considerado um gênio, responsável por revolucionar os mercados de
computadores, celulares e música digital e por criar um novo nicho de
produtos: os tablets. Certamente, essas afirmações estão corretas. No
entanto, como qualquer outra empresa, o caminho da Apple não foi feito
apenas de dispositivos incríveis, campeões de vendas e que encantaram os
consumidores.
Houve também produtos com curtíssimos períodos de vida, que mais
deram dor de cabeça ao consumidor do que produziram "mágica". A lista
inclui desde desde um mouse circular ergonomicamente horrível até um
computador caríssimo que, quando esquentava demais, a sugestão da
fabricante era "levantar a máquina e soltá-la com força", para que
voltasse a funcionar.
Separamos 5 das piores ideias da Apple, que surgiram quando Jobs estava no comando, mostrando que nem sempre ele acertou.
Apple III (1980 - 1984)
Com objetivo de lançar
uma máquina para o mercado corporativo, a Apple introduziu em maio de
1980 o Apple III (conhecido pelo codinome “Sara”). Porém, ao contrário
do conhecido Apple II (que vendeu entre 5 e 6 milhões de unidades), esta
máquina, que poderia ter até 256KB de memória RAM, foi um fracasso
“esquentadinho”.
Antes de mais nada, o preço do Apple III chegava a 7 800 dólares, uma
quantia exorbitante para a época (e ainda hoje!). Além disso, o
computador tinha falhas graves no design, como a impossibilidade de o
usuário expandir a capacidade do computador com os próprios acessórios
da Apple e, principalmente, pelos problemas de superaquecimento.
Curiosamente, por sugestão do próprio Jobs, o Apple III não possuía
ventoinhas ou saídas de ar, o que fazia com que o processador saltasse
da placa mãe devido à alta temperatura e que os disquetes dentro da
máquina derretessem.
O produto acabou descontinuado em 1984, ano de lançamento do
conhecido Macintosh. Os usuários frustrados com a máquina, que, parava
de funcionar ao esquentar demais, eram orientados pela própria Apple a
suspenderem o computador a 80cm da mesa e soltá-lo, para que o impacto
pudesse encaixar novamente os chips.
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Apple III: fracasso esquentadinho |
Mouse USB “"hockey puck” (1998-2000)
Esse objeto
circular fez parte do ecossistema de produtos da companhia de Cupertino
por pouquíssimo tempo, e as razões eram muito simples: um design
terrível e um pesadelo da ergonomia.
Com um único botão na parte superior, tinha ranhuras suaves demais, o
que não deixava seu uso intuitivo, e o desenho era desconfortável. O
cabo era curto demais, e caso a porta USB do laptop fosse utilizada para
abrigar o conector do mouse, ele não poderia ser usado pela mão direta
do usuário. Além disso, o design redondo provocava confusão: só ao
movimentar o periférico era possível saber se estava na posição vertical
ou horizontal.
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Com desenho ruim e cabo curto, produto sumiu rapidamente das prateleiras |
Power Mac G4 Cube (2000-2001)
Um computador com
design admirável (a máquina faz parte do acervo permanente do Museu de
Arte Moderna de Nova York), com uma grande quantidade de componentes
armazenados um cubo com facetas de 20 x 20 x 20 cm. Mesmo com todos
esses pontos positivos, não decolou.
O Cube, considerado o pai do Mac Mini, foi a realização da paixão de
Jobs por computadores cúbicos (a exemplo do NeXT Cube, criado durante o
período em que estava afastado da Apple), sofria de problemas de
rachaduras no chassi e, novamente, com superaquecimento. Relativamente
fraco em questões de hardware, o G4 Cube tinha dificuldades de expansão e
troca de peças e o preço era muito alto para o que oferecia (200
dólares mais caro que o PowerPC G4). Tudo isso resultou em vendas de
apenas 12 mil unidades.
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Uma obra de arte. E só |
iPod Hi-Fi (2006-2007)
Há no mercado diversos
modelos das chamadas “dock stations”, que permitem reproduzir músicas
enquanto carregam o dispositivo. O iPod Hi-Fi foi uma aposta da Apple
nesse segmento, mas o acessório era tudo, menos portátil e acessível.
Esse trambolho de 6,5 kg custava nada menos que 350 dólares, mais que
o dobro do preço dos micro systems da época. Embora potente, o aparelho
era enorme. Mesmo sendo apresentado por Steve Jobs como um equipamento
que “reinventava o som estéreo doméstico", foi descontinuado em 2007.
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"Traga seu iPod Hi-Fi para o churrasco no domingo?" Não, obrigado |
Ping (2010 até hoje)
Apresentada durante o evento de
música da Apple, ocorrido em setembro de 2010, a rede social Ping
prometia recursos como seguir seus amigos e artistas favoritos,
descobrir sobre o que estão discutindo, ouvir e baixar conteúdos. Nas
primeiras 48 horas, mais de 1 milhão de contas foram criadas – mas o
sucesso parou por ai.
Por funcionar apenas por meio do iTunes,
sem uma alternativa web e pela falta de integração com outras redes
sociais (não é tão fácil encontrar seus amigos, por exemplo), o Ping não
vingou, e ficou com a cara de rede social que funciona dentro da
prisão. Mesmo com a chance de compartilhar seus gostos musicais com os
outros usuários e seguir seus cantores prediletos, o serviço não
cativou. Apesar de o Ping estar ativo, sua inflexibilidade e falta de
popularidade parecem sublinhar que, assim como o Wave e o Buzz, da
Google, o serviço pode estar caminhando para o fim.
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Lançado juntamente com o iTunes 10, serviço ficou taxado como inflexível demais |
fonte: computerworld
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