"A migração para o novo sistema operaciona será o que você fizer dela", disse o diretor de treinamento da PC Helps Joe Puckett. "Os grupos de segmentação e de preparação vão ser peças chave"
O Windows 8 pode até ser de fato a atualização de sistema operacional mais perturbadora dos últimos 17 anos, mas a curva de aprendizagem não é tão íngreme como alguns já disseram. "Sem dúvida, vai ser muito difícil de ajustar-se", disse o diretor de treinamento, Joe Puckett, da PC Helps. "Mas há um monte de coisas que podem ser feitas para minimizar essa mudança."
Muitos poderão discordar.
O Windows 8 foi tachado por revisores, analistas e especialistas online como um upgrade difícil, se não impossível, por conta da sua dupla e desafiante interface de usuário, uma que suporta touch e outra similar ao estilo tradicional do desktop do Windows 7.
As críticas têm sido contundentes, com analistas prevendo que as empresas evitarão adotar o Windows 8 por causa do tempo de treinamento maior e custos com help desk, e críticos quase que universalmente se posicionando contra a nova tela Iniciar, o desaparecimento do botão Iniciar e a chocante alternância entre as duas interfaces de usuário.
A PC Helps, especializada em suporte e treinamento para empresas, vê a situação de forma diferente. A sua experiência em dar suporte para a migração de 7 mil funcionários para o novo sistema operacional, e suas duas décadas de gestão em outras transições de software críticos, os convenceu que a atualização, mesmo cheia de armadilhas, é possível.
"Os entraves que essas mudanças de interface provocarão dependerão de como empresa optará por fazer a migração", disse Puckett. Se uma empresa se concentra em usuários de celulares, por exemplo, a migração para o Windows 8 ficará muito mais fácil. "Qualquer um que utilize um smartphone vai se adaptar à nova interface muito rapidamente", disse Puckett.
Já as migrações de desktop - ou aqueles que incluem PCs tradicionais - serão mais difíceis, reconhece Puckett. "O Windows 8 será perturbador no segundo em que você ligá-lo", disse Puckett. "Com as migrações anteriores, como a do Windows XP para o Windows 7, você podia ir levando, postergando questões como treinamento. Mas, com o Windows 8, se você não fizer o treinamento antes do seu lançamento, você terá uma grande reação negativa."
No caso do Windows 8, o treinamento de funcionários antes da migração é crucial para familiarizar os trabalhadores com a nova interface, argumenta Puckett. O salto entre a Metro e o desktop tradicional, e como fazer tarefas simples como desligar o PC, são fardos que podem ser aliviados pela equipe de TI. "As pessoas se queixam de não saber como desligar o PC, mas a TI pode criar um atalho para isso, e fixá-lo na tela Iniciar e na barra de tarefas [desktop]", disse Puckett.
"Você também pode encontrar pessoas em qualquer área que vão ser influenciadoras", orienta Puckett. "Há sempre alguém em cada departamento que todo mundo sabe que entende mais [sobre o Windows e computadores] do que qualquer outra pessoa. Coloque-os no grupo piloto para a migração e lhes dê uma boa experiência."
Puckett também argumentou que se aprenderem antes a mexer no Windows 8, os usuários acumulam ganhos a longo prazo. "Assim como o Google e a Apple, a visão da Microsoft é a de uma interface de múltiplos dispositivos", disse Puckett, falando sobre desktops, notebooks, tablets e, com a introdução iminente do Windows Phone 8, até mesmo smartphones.
"A migração para o novo OS será o que você fizer dela", disse Puckett. "Os grupos de segmentação e de preparação vão ser peças chave."
fonte: IDG-Now(por Gregg Keizer)
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